sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Uma Viagem Pela Imprensa Lagoense





























Esta é a segunda exposição do Instituto Cultural Padre João José Tavares, Lagoa - Açores. Trata-se de uma retrospectiva da Imprensa que se publicou na Lagoa de 1887 a 1937. Foram 13 jornais.














quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A imagem do dia

Nesta foto pode-se observar o típico traje micaelense, conhecido por capote e capelo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Museu Movel na Ribeira Chã


O Museu Carlos Machado em parceria com os Núcleos Museológicos da Ribeira Chã, irão trazer a esta freguesia o Museu Móvel, nos próximos dias 22 de Outubro pelas 15h tendo como público alvo, as crianças do ATL e no dia 23 de Outubro pelas 15h30 tendo como público alvo os idosos da freguesia. É também importante relembrar que o Museu Móvel não está apenas aberto aos públicos atrás referidos, mas sim a toda a população em geral.

Exposições ainda previstas até ao final do ano

O Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã, através dos seus Núcleos Museológicos ainda pretende realizar diversas exposições até ao final de 2009. Das quais se destacam:



Em data a indicar - A Emprensa na Vila da Lagoa - da responsabilidade do Instituto Cultural Padre José Tavares Canário.
Em data a indicar - Exposição de Pintura de Armando Moreira
A 11 de Outubro de 2009 - Exposição de trabalhos em Escamas de Peixe e "Lapinhas" de Cacilda Frontoura
A 7 de Novembro de 2009 - Exposição de Registos do Senhor Santo Cristo de Glória de Sousa Lima

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Lenda das Sete Cidades

A Companhia de Teatro "Máquina do Tempo", vai levar a palco, a peça "A Lenda das Sete Cidades", no próximo dia 26 de Junho, Domingo, pelas 21h30, no gimno desportivo da Ribeira Chã. Trata-se de mais uma iniciativa do Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã. O preço de cada bilhete será de 5 euros por pessoa, encontrando-se à venda no local do espetáculo.

Exposição de Trapologia e Cerâmica Figurativa

Encontra-se patente ao público uma exposição de Trapologia da autoria de Maria da Conceição Medeiros e também de cerâmica figurativa da autoria de Eduardo Medeiros. Esta exposição poderá ser visitada todos os dias entre as 19h e as 21h no Centro de Catequese e Cultura do Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Exposição de Trapologia

Será inaugurada no próximo dia 18 de Julho uma exposição de trapologia, cuja hora será posteriormente indicada. A inauguração terá lugar no Centro de Catequese e Cultura da Ribeira Chã e é mais uma actividade integrada no Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS).
Nos próximos dias serão dados mais pormenores e informações sobre a referida exposição

terça-feira, 16 de junho de 2009

Princesa Espertalhona

Amanhã pelas 14h decorrerá no Centro de Catequese e Cultura a "peça" princesa espertalhona

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Figuras importantes Ligadas à Ribeira Chã

D. Manuel Alvares da Costa – Bispo que autorizou a construção da Ermida da Ribeira Chã em 1724.

D. José Pegado de Azevedo – Bispo que fez uma visita pastoral à Ribeira Chã em 1811 e rezou missa na Ermida de Nossa Senhora da Ajuda.

Padre Luciano de Medeiros – Responsável pela construção da Antiga Igreja da Ribeira Chã dedicada a S. José e iniciada em 1853.

Dona Ana Emília – Primeira professora da Ribeira Chã, assumindo o cargo no ano de 1879. Era natural da referida freguesia, que na época não passava de um simples lugar da freguesia de Água de Pau.

Dr. Félix Borges de Medeiros – Governador Civil que doou à Ermida de S. José da Ribeira Chã, a imagem de S. José que pertencia, ao extinto Convento de Nossa Senhora da Conceição de Ponta Delgada.

Padre António Francisco Melo – Capelão da Ribeira Chã entre 1890 e 1896, a expensas do Sr. Marquês da Praia e Monforte. Conhecido como o sacerdote poeta, devido às inúmeras obras de poesia que escreveu e publicou. A sua acção pastoral na Ribeira Chã, foi de grande valor. Faleceu em 1947 no Brasil.

Padre João Ribeiro de Lima – Capelão da Ribeira Chã e foi igualmente o primeiro Cura, a partir de 30 de Agosto de 1902. Foi na sua época que foi construída a torre sineira da Antiga Igreja, o cemitério, passaram a realizar-se baptizados na Ribeira Chã.

Manuel Clemente de Almeida – Figura de relevo da Ribeira Chã, tendo sido o primeiro sacristão da Igreja depois da criação do curato, foi o primeiro Regedor da Ribeira Chã após a criação da freguesia em 1966.

Maria dos Anjos Melo – Pessoa de grandes talentos, catequista, dirigente do grupo coral, do peditório para as almas purgatório e do ensaio de peças de teatro. Viveu nos EUA até aos 20 anos e por isso falava inglês na perfeição. Viveu entre 1900 e 1992.

Francisco José Silva Pacheco – Presidente da Câmara Municipal da Lagoa, que criou, em 1902 a Escola Régia Mista da Ribeira Chã.

Manuel Bernardino Medeiros – Presidente da Câmara Municipal da Lagoa que comprou o terreno para a construção da Escola da Ribeira Chã.

D. Guilherme Augusto da Cunha Guimarães – Bispo que visitou a Ribeira Chã em 1928 e crismou 170 cristãos.

Padre João Moniz de Melo – Vigário de Água de Pau e Cura da Ribeira Chã entre 1928 e 1934.

Padre José Luís Borges Vieira – Cura da Ribeira Chã de 1934 até 1956, dotou a Igreja de bons paramentos e publicou um livro de cânticos.

Francisco de Amaral Almeida – Presidente Câmara Municipal da Lagoa, que apresentou a planta do Edifício Escolar da Ribeira Chã.

José da Silva – Presidiu à cerimónia de inauguração do Edifício Escolar da Ribeira Chã.

D. Manuel Afonso de Carvalho – Bispo dos Açores que visitou por diversas vezes a Ribeira Chã.

Padre João Caetano Flores – Cura e Pároco da Ribeira Chã desde 1956 a 1998, responsável pela criação da Freguesia e pelo seu desenvolvimento. Construção da nova Igreja de S. José, instalação da luz eléctrica na freguesia, melhoramentos da rede viária, criação do núcleo museológico, etc.

João Mota Amaral – Presidente da Câmara Municipal da Lagoa que muito fez pela Ribeira Chã.

Read Teixeira – Arquitecto da Nova Igreja de S. José da Ribeira Chã.

Álvaro França – Autor do Sacrário da Igreja da Ribeira Chã.

Tomás Borba Vieira – Pintor e escultor açoriano, autor dos Painéis da Igreja de S. José da Ribeira Chã.

João Bosco da Mota Amaral – Político Açoriano e primeiro presidente do Governo Regional dos Açores, que visitou a Ribeira Chã e muito fez por ela.

Exposição de Pintura


Alguns dos diversos quadros da exposição de pintura de Inês Pastor que poderá ver no Centro de Catequese e Cultura do Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã


terça-feira, 2 de junho de 2009

Exposição de Pintura

Vai ser inaugurada no próximo dia 10 de Junho pelas 16h30, uma exposição de Pintura da autoria de Inês Pastor, no Centro de Catequese e Cultura.
A exposição estará patente ao público até ao dia 21 de Junho.
Estará aberta ao público todos os dias entre as 18h30 e as 21h.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Benfeitores da Comunidade Paroquial da Ribeira Chã - Félix Borges de Medeiros

Félix Borges de Medeiros formou-se em direito em Coimbra, em 1841. Fixou residência no Porto onde foi advogado de boa reputação. Casou naquela cidade com Dona Ana Emília de Castro Silva, da casa dos viscondes de Santo António do Vale da Piedade (Castro e Silva).
Em 1851, por ocasião do movimento político que ficou denominado de Regenerador, de que o marechal Saldanha recebeu no Porto as honras triunfais, foi o Dr. Félix Borges de Medeiros nomeado Governador Civil do Distrito de Ponta Delgada, tomando posse no dia 25 de Julho desse ano. Não tinha tido antes, nem teve depois, outro cargo político.
Durante 17 anos exerceu o elevado cargo entre os seus conterrâneos, e com tal acerto que pode desmentir o ditado – “ninguém é profeta na sua terra”.
Deveu isto, em boa parte, a não se intrometer em lutas políticas. Deixava livremente debaterem-se os partidos em volta das urnas, limitando-se a fiscalizar a observância das leis e a manter a ordem. Um belo ideal de autoridade, que ninguém seguia nem seguiu. Foi toda administrativa a sua missão de governar, e neste ponto os vinte e três relatórios que dirigiu ao Governo e apresentou à Junta Geral em muitas sãs suas sessões, que existem publicadas, são o mais elogioso pregão das suas altas faculdades e zelos do interesse pelos progressos distritais. Os 17 de governo do Dr. Felix Borges foram aqueles em que mais se desenvolveu o Distrito de Ponta Delgada:
Fundou – se o Liceu.
Foi criada a repartição de obras públicas, que logo começou a tratar da viação e portos de Santa Iria e Capelas.
Estabeleceu-se a ligação a vapor entre Lisboa e os Açores.
Extinguiram-se os dízimos.
Aboliram-se os morgados.
Obteve-se a livre cultura e fabricação de tabaco, pensamento iniciado 40 anos antes pelo desembargador Vicente José Ferreira Cardoso.
Inauguram-se em Setembro de 1861 os trabalhos do Porto Artificial, um secular desejo dos micaelenses.
Multiplicaram-se as escolas primárias oficiais e municipais.
Começou a construção do antigo edifício balnear das Furnas.
Extinguiu com as masmorras que existiam nos baixos do Paço Municipal de Ponta Delgada.
Em nota de curiosidade, foi também o Dr. Felix Borges que ofereceu à Ribeira Chã no ano de 1853 a imagem de São José. Essa imagem pertencia ao extinto convento da Conceição, hoje Palácio da Conceição.

Informação retirada das obras:
Biblioteca Açoriana 1º e 2º Volume
Album Açoriano pg. 180

sábado, 23 de maio de 2009

Aconteceu em Maio na Ribeira Chã

1864 – 3 de Maio
A Junta da Paróquia de Água de Pau deliberou caiar, retelhar e comprar fechadura para a Ermida de Nossa Senhora da Ajuda no Pisão, que na altura ainda se encontrava de pé.

1898 – 1 de Maio
Festa do Patriarca São José no Lugar da Ribeira Chã. Houve bonita música e um óptimo discurso pelo distinto capelão Fidalgo e Vigário da Capela Real de São Pedro de Ponta Delgada. Houve fogo, e a Ribeira Chã ficou lindamente enfeitada com verduras, flores e bandeiras. Houve ainda uma procissão com andores do Menino Jesus, Nossa Senhora e São José, sendo fechada pelo Santo Lenho, seguido da Banda Marcial de Água de Pau.

1953 – Maio
É arrematada em hasta pública por oito mil e dez escudos pela paróquia de Água de Pau uma casa na rua dos Arrifes que foi mandada construir pelo Marquês da Praia e Monforte e que depois pertenceu a sua filha D. Maria Francisca Borges Coutinho de Medeiros Sousa Dias da Câmara até ao falecimento desta. A casa veria a ser residência paroquial.

1962 – Maio
É inaugurada pelo Presidente da Câmara Municipal da Lagoa Eng. João Mota Amaral, a nova estrada de acesso á Ribeira Chã.

1962 – 27 de Maio
Cerimónia a que presidiu o venerando Bispo de Angra, onde estiveram presentes autoridades civis e militares, clero, na qual foi benzida a primeira pedra para a nova Igreja da Ribeira Chã, festa que teve a marcá-la o calor da fé, que o seu povo tem sabido imprimir, um grande sacerdote: o Reverendo Padre João Caetano Flores.

1966 – Maio
Visita as obras da nova Igreja da Ribeira Chã Sua Excelência Reverendíssima Monsenhor Maximiliano Furstenberg, Núncio Apostólico, membro distinto e nobre ao serviço diplomático da Santa Sé.

1966 – 18 de Maio
É criado o decreto-lei nº 47014, que elevou o lugar da Ribeira Chã à categoria de freguesia.

1967 – 1 de Maio
É prestada na Ribeira Chã homenagem ao Agente Técnico de Engenharia, João da Mota Amaral antigo Presidente da Câmara Municipal da Lagoa.

1967 – 1 de Maio
Um dos dias mais importantes na história da Ribeira Chã. Neste dia foi inaugurada a rua Engenheiro Arantes e Oliveira, de acesso directo à nova Igreja. Foi igualmente inaugurada a nova Igreja da jovem Paróquia da Ribeira Chã. O novo templo foi benzido pelo Bispo de Angra, D. Manuel Afonso de Carvalho, coadjuvado por D. Humberto de Sousa Medeiros e D. Manuel Saraiva, Bispos de Brownsville e do Funchal. A nova Igreja foi da autoria do arquitecto açoriano, Read Teixeira e os seus paneis da Capela-mor e da Via-sacra são da autoria do Pintor Tomás Borba Vieira.

1967 – 4 de Maio
O Povo e o Pároco da Ribeira Chã, prestam homenagem ao Engenheiro Arantes e Oliveira, Ministro das Obras Públicas, por todas as obras feitas na
Ribeira Chã.

1967 – 15 de Maio
O Padre João Caetano Flores, pároco da Ribeira Chã, foi agraciado com a Ordem de Benemerência pelo Presidente da República.

1975 – 1 de Maio
É criado pelo Padre João Caetano Flores o Boletim Paroquial “Despertar”

1976 – 2 de Maio
É inaugurada uma exposição bíblica no Salão Paroquial, que teve a colaboração dos alunos da 5ª classe da Catequese e dos Srs. Padres José Ribeiro e José Joaquim Rebelo

1976 – 4 de Maio
Falece o Sr. João Inácio de Medeiros com 63 anos, que foi grande benfeitor da Igreja da Ribeira Chã.

1980 – 1 de Maio
O Vigário Episcopal de S. Miguel Reverendo Padre Dr. Hermínio Pontes benze o terreno, onde ficaria implantado o edifício do Museu de Arte Sacra e Etnografia da Ribeira Chã e é lançada a primeira pedra.

1980 – 2 de Maio
Inicia-se as obras de construção do edifício do Museu de Arte Sacra e
Etnografia da Ribeira Chã. Ficou situado a nascente da Igreja, em terreno doado à Paróquia pelo casal João Inácio de Medeiros e Maria Laura Pereira.

1983 – Maio
Realizou-se em Ponta Delgada por ocasião das festas do Senhor Santo Cristo, a Feira Regional de Artesanato em que na sessão de encerramento os participantes da Ribeira Chã receberam o seu cartão de artesãos e artesãs.

1986 – 5 de Maio
Por altura das festas do Senhor Santo Cristo e a convite do Padre João Caetano Flores, visitaram neste dia a Ribeira Chã o Bispo de Viseu D. José Pedro da Silva e o Bispo do Funchal D. Teodoro de Faria.

1991 – 3 de Maio
Neste dia e mais uma vez a convite do Padre João Caetano Flores visitaram a Ribeira Chã e uma exposição aí realizada dedicada ao Papa João Paulo II, o Cardeal Moreira das Neves, Arcebispo da Baia e Primaz do Brasil e D. Jorge
Urtiga, Bispo Auxiliar de Braga.

1992 – 1 de Maio
Comemoração dos 25 anos da Bênção e Inauguração da nova Igreja da Ribeira Chã, em que houve uma missa solene celebrada, pelo Senhor Bispo D. Aurélio Granada Escudeiro, Bispo de Angra, seguido de um Te Deum de Acção de Graças e da inauguração de uma Exposição Fotográfica e Documental e Sessão Solene, no Centro de Cultura e Catequese.

1993 – 13 de Maio
Visita do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, à Freguesia da Ribeira Chã e ao seu Centro Social e Paroquial.

1995 – 22 de Maio
Visitaram neste dia a Ribeira Chã e o Centro Social e Paroquial, os bispos D. Aurélio Granada Escudeiro, bispo de Angra, Dr. Dom José Cerviño, bispo de Tui – Vigo e D. Donald W. Montrose, bispo de Stockton – Califórnia.

1996 – 10 de Maio
É inaugurada na Ribeira Chã a Casa Museu Maria dos Anjos Melo. Representa uma casa típica rural, uma casa pobre.

1997 – 1 de Maio
É feita a Sagração da Igreja da Ribeira Chã. Estiveram presentes para além de diversas individualidades locais e sacerdotes, o Senhor Bispo Emérito de Angra D. Aurélio Granada Escudeiro, que benzeu o Incenso e sagrou as 12 cruzes feitas em mosaico e existentes na Igreja e o novo Bispo de Angra D. António de Sousa Braga.

1999 – 1 de Maio
É inaugurada pela Câmara Municipal da Lagoa, a Remodelação e Ampliação da Escola Básica da Ribeira Chã, que passou a designar-se por Escola Básica Padre João Caetano Flores.

2005 – 22 de Maio
É inaugurado no Centro de Catequese e Cultura, uma exposição temporária dos Núcleos Museológicos “Plantas Usadas na Medicina Popular”, que contou na sua inauguração com a presença do Grupo Orfeónico Juvenil do Conservatório Regional de Ponta Delgada, sendo nesse mesmo dia apresentado um catálogo de Plantas Medicinais, elaborado pela Dra. Lourdes Pacheco e editado pelo Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã.

2008 – Maio
São feitas durante todo o mês de Maio, na freguesia da Ribeira Chã, obras de beneficiação e reparação do Parque Infantil. Toda a obra foi comparticipada pela Secretaria Regional da Habitação e Equipamentos e constou, da substituição de baloiço, escorrega, brinquedo de mola, baldes de lixo, reparação dos bancos de jardim, pintura e serviço de jardinagem. A pintura de todo o espaço foi da responsabilidade da Secção de Obras da Câmara Municipal da Lagoa.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Um Pouco de História - A Toponímia da Ribeira Chã

A actual freguesia da Ribeira Chã, situada entre a Vila de Água de Pau e Vila Franca do Campo, tem a nascente o pitoresco lugar da Praia e logo a seguir a freguesia de Água de Alto. A presença da Serra de Água de Pau originou entre outros os topónimos de Água de Pau, Ribeira Chã e Água de Alto. A Ribeira Chã é uma freguesia rural onde habitou sempre uma população que vivia da terra para a terra. A Ribeira Chã é um lugar habitado desde o tempo de Gaspar Frutuoso, pois o cronista na sua obra “Saudades da Terra” faz, referência a isso. No aspecto religioso, dependia da igreja de Nossa Senhora dos Anjos, de Água de Pau, que lhe ficava mais perto, sobretudo atravessando pelos caminhos e atalhos de outros tempos. O primeiro templo que existiu foi a ermida de Nossa Senhora da Ajuda manda edificar pelo casal José Botelho Veloso e Maria de Frias no ano de 1724. Ficava situada junto ao mar, ao lado poente de quem sobe a primeira curva do Pisão.
Vivendo perto do mar e dispondo de belas praias, os habitantes da Ribeira Chã não se dedicaram à actividade piscatória. Preferiram sempre os trabalhos agrícolas, as pastagens e os matos que lhe bastavam para as suas necessidades do dia-a-dia.
Para norte, o terreno vai-se elevando gradualmente e as terras de cultivo vão dando lugar às pastagens, matas e matos até aos visos da serra. Para sul, o mar com suas costas formam boas praias e rochas de bons pesqueiros. Para nascente, separada da freguesia de Água de Alto por profundas grotas abertas pela erosão das águas pluviais num solo de materiais pulverulentos, onde se encontra a Ribeira da Praia que no inverno era por vezes tão caudalosa que destruía as pontes. Para poente, existem também grotas, igualmente motivadas pelo declive e chuvas. Abrigada dos frios do norte e exposta ao soalheiro sul, os habitantes tem como principal actividade nos dias de hoje a lavoura. No entanto muitos deles trabalham hoje fora da freguesia, principalmente no comércio ou na indústria. As suas necessidades comerciais e administrativas dependiam da antiga Vila de Água de Pau. Actualmente, estão dependentes da vila da Lagoa, que lhe fica muito mais longe que Vila Franca do Campo.
A Ribeira Chã não está ligada a factos históricos de relevo, nem possui monumentos de celebridade. As suas habitações surgem, agradavelmente dispersas dos lugares que a dominam panoramicamente.
A sua toponímia dá-nos o aspecto ancestral mais curioso da sua vivência. Ali não há o artificialismo subserviente de nomes políticos ou de datas que quase ninguém conhece o significado. Os nomes das vias públicas ou dos lugares ainda são os mesmos do tempo dos seus antepassados. Veja-se os nomes das suas principais vias de comunicação:
Rua dos Arrifes, a maior e mais importante da localidade. Terá origem do seu nome relação com a freguesia suburbana de Ponta Delgada? Este topónimo aparece na freguesia da Candelária numa canada que atravessa da estrada nacional até quase à cumieira das Sete Cidades.
Rua de S. José, certamente em homenagem ao santo padroeiro da Ribeira Chã, desde meados do século XIX. Com este topónimo há vias públicas noutros lugares da ilha, tais como: em Rabo de Peixe, Ribeira Seca (Ribeira Grande), no Rosário, da Vila da Lagoa e em Santa Barbara, da Ribeira Grande.
Rua do Pisão, nome que não se repete em nenhuma via pública desta ilha que seja habitada.
Canada do Botelho. Tem origem antroponímica e logicamente tem origem em pessoas que usavam este nome e que ali viviam ou possuíam bens. Este antropónimo aparece em outros lugares desta ilha, como na Ribeira Grande, Livramento e São Vicente Ferreira. Este não sabemos quem lhe deu origem, mas o do Livramento vem de Jerónimo Botelho de Macedo e o da Ribeira Grande vem de um dos filhos ou netos do Capitão Nicolau de Arruda Botelho, pois os filhos foram para o Brasil e só um trouxe de lá mais de seis arrobas de ouro que meteu na Casa da Moeda em Lisboa, alem do que trouxe para casa. Os netos daquele Capitão, alguns nascidos no Brasil, (do ciclo do ouro) tiveram suas casas ali e um deles começou a edificar uma grande casa no cimo daquela rua.
Rua do Caldeirão, em local que se situa entre esta freguesia e a estrada nacional. Em Água de Alto há também uma rua com este nome.
Rua da Boavista, é uma curiosa denominação que também aparece nos Arrifes, nas Calhetas, Rabo de Peixe, Ponta Garça, Água de Alto, Maia, Ribeirinha, Lagoa, Santo António Nordestinho e Ponta Delgada.
Rua dos Quatro Alqueires. É o único nesta ilha, em vias públicas habitadas.
Rua da Igreja. É um topónimo muito vulgar nesta ilha e que só por si invoca o aspecto religioso da sua população.
Oxalá que este grande exemplo que nos tem dado o povo da Ribeira Chã fosse seguido pelas outras povoações desta ilha. A toponímia micaelense era imensamente castiça. Com o advento do regime republicano as edilidades começaram a sua obra de destruição. Para memoriar factos e políticos que nada tinham a ver com os Açores, foram sacrificados os mais invocadores nomes da nossa tradição multisecular. Eram nomes sem significado de autonomia que as edilidades impunham a uma população em nome de quem governavam. Assim, perdeu-se, não irremediavelmente, a pitoresca toponímia micaelense no que Ponta Delgada deu o pior dos exemplos.
Informação Retirada do Boletim Despertar de 5 de Março de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Princesa Espertalhona - Alterações

Por motivos alheios aos Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã, a peça de teatro "A Princesa Espertalhona" a realizar pelas técnicas do CIPA como complemento da acção de formação anteriormente realizada com o título de "Sensibilização para a Igualdade de Géneros", foi adiada para o próximo dia 17 de Junho.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Acções de Formação a Realizar em 2009

O Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã, através da sua valência "Centro de Promoção e Emprego Social" irá realizar as seguintes Acções de Formação nos meses de Maio, Junho e Julho:

7 de Maio de 2009 - "A Princesa Espertalhona" peça de teatro a realizar pelas técnicas do CIPA como complemento da acção de formação anteriormente realizada com o título de "Sensibilização para a Igualdade de Géneros".

5 de Junho de 2009 - Acção de Formação sobre a doença da Diabetes: "A Diabetes - a verdadeira epidemia do século XXI? - Causas e Efeitos". Pelo Dr. Rui César - Director do serviço de Endocrinologia e Nutrição do Hospital de Ponta Delgada.

30 de Junho de 2009 - Acção de Formação "A Nutrição para uma vida Saudável" - Dr. Frederico Pacheco.

16 de Julho de 2009 - Acção de Formação "O Desporto não tem Idade" - realizada pela Drª Gabriela Porto, professora de desporto da Escola Secundária das Laranjeiras.

Haverá ainda um "Curso de Culinária" a iniciar em data a indicar. Neste momento estão já inscritas 28 pessoas.

sábado, 25 de abril de 2009

Visitas Efectuadas nos Núcleos Museológicos da Ribeira Chã

Os Núcleos Museológicos da Ribeira Chã, receberam no primeiro trimestre de 2009 os seguintes visitantes:
4 de Janeiro de 2009 - 2 visitantes de Lisboa
6 de Fevereiro de 2009 - 60 alunos da Escola das Furnas e 4 professores
10 de Fevereiro de 2009 - 25 alunos da Universidade Sénior do Centro Cultural de Santa Clara, Ponta Delgada
16 de Fevereiro de 2009 - 48 alunos e 3 professores da Escola do Fisher, Lagoa
25 de Fevereiro de 2009 - 24 pessoas do Centro de Idosos da Freguesia do Porto Formoso
6 de Março de 2009 - 22 pessoas do Lions Clube de Lisboa.
É sempre importante relembrar que os Núcleos Museológicos pertencentes ao Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã, são um dos principais polos de atracção turística não só da freguesia mas também de todo o Concelho da Lagoa

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Capelães da Ribeira Chã - António Francisco de Melo

António Francisco de Melo nasceu na freguesia da Achada em 24 de Abril de 1863. Foi baptizado na referida Paróquia em 25 de Maio de 1863, pertencia à Ouvidoria de Vila Franca do Campo.
Filho de Francisco de Melo e de Rosa Maria Pimentel, naturais de Nossa Senhora da Assunção. Neto paterno de Sebastião Francisco de Melo e de Joana Mendonça, naturais e baptizados em São Pedro Nordestinho. Neto materno de António Francisco e de Rosa Pimentel naturais e baptizados na Achada.
Frequentou o Seminário de Angra onde se destinguiu como estudante exemplar, pessoa lida e de tendência para a poesia.
Foi ordenado Sacerdote na capela do Paço Episcopal em 25 de Agosto de 1888, por D. Francisco Maria de Sousa Prado de Lacerda, Bispo Titular de Neapolis e futuro sucessor do Bispo de Angra.
Foi capelão da Ribeira Chã, a expensas do Senhor Marquês da Praia e Monforte, desde 1890 até 1896. Viveu nesta Paróquia na Rua de São José.
O seu maior feito enquanto capelão, ocorreu entre Setembro e Dezembro de 1890, quando salvou a população da Ribeira Chã de uma epidemia de febre tifoide, pois dos 112 casos ocorridos apenas 5 foram fatais.
Saiu da Ribeira Chã, em 1896 para o Brasil, onde faleceu a 13 de Agosto de 1947, com a idade de 84 anos, em Bom Jesus de Itabopoana, Diocese de Campos, Estado do Rio de Janeiro, onde passou a maior parte da sua vida.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Calendário de Exposições e Eventos para 2009

24 de Maio de 2009
Inauguração da Exposição Temporária sobre Loiça da Lagoa pertencente ao espólio dos Núcleos Museológicos da Ribeira Chã. Este invento está integrado na semana dos museus. Estará aberta ao público até 6 de Junho

10 de Junho de 2009
Inauguração da Exposição de Pintura de Inês Pintor

5 de Julho de 2009
Inauguração da Exposição de Trapologia e Cerâmica Figurativa de Maria Conceição de Medeiros e Eduardo Manuel de Medeiros

12 de Setembro de 2009
Inauguração da Exposição de Pintura de Armando Moreira

11 de Outubro de 2009
Inauguração da Exposição de trabalhos em Escamas de Peixe e "Lapinhas" de Cacilda Frontoura

7 de Novembro de 2009
Inauguração da Exposição de Registos do Senhor Santo Cristo de Glória de Sousa Lima

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Acção de Sensibilização na Área da Protecção Civil - Sismos

A Protecção Civil dos Açores, vai realizar no próximo dia 23 de Abril pelas 14h, no Centro de Catequese e Cultura da Ribeira Chã, uma acção de sensibilização na Área da Protecção Civil - Sismos.
A acção de sensibilização/formação será realizada através do Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã, na sua valência Centro de Promoção e Emprego Social, iniciativa esta integrada no Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS).

terça-feira, 24 de março de 2009

A Ermida de Nossa Senhora da Ajuda


Esta desaparecida Ermida que existiu outrora na Ribeira Chã, ficava situada a leste da ladeira do Pisão, e foi mandada construir pelo casal José Botelho Veloso e sua mulher Francisca de Frias. A autorização para a construção da Ermida foi dada pelo Bispo D. Manuel Álvares da Costa a 12 de Outubro de 1724. Em 14 de Agosto de 1725 já a Ermida se encontrava totalmente edificada, como é referido em escritura dessa mesma dará, feita nas notas do tabelião Tomé Coelho da Costa, em que esse mesmo casal fizera uma doação de 2$000 reis imposto em quatro alqueires de vinha e terra, com umas casas baixas e telhadas, para o património da Ermida.
Passou então a Ermida a ser o local onde as primeiras famílias da Ribeira Chã iriam ouvir missa, na impossibilidade de se deslocarem até Água de Pau ou até Água de Alto.
Ao longo da “vida” da Ermida destacam-se, dois momentos importantes. O primeiro ocorreu a 8 de Novembro de 1749, quando a Ribeira Chã na altura com 150 habitantes recebeu, a visita do licenciado João de Sousa Sá Bettencourt que era na época Vigário da Igreja do Bom Jesus de Rabo de Peixe e que na visita pastoral que fez à igreja de Nossa Senhora dos Anjos de Água de Pau e seu distrito eclesiástico em nome do Bispo da Diocese Açoriana, D. Freio Valério do Sacramento, afirmou que ao visitar pessoalmente esta igreja e todas as ermidas do seu distrito, viu a grande distância de caminho que ia desde a igreja de Nossa Senhora dos Anjos de Água de Pau até ao lugar da Ribeira Chã e considerando os incómodos que sofriam os párocos em ir administrar os seus moradores daquele local por estes não possuírem a devida assistência religiosa, determinou que fosse criado um Curato na ermida de Nossa Senhora da Ajuda, com missa aos Domingos e dias Santos de preceito. Antes da missa, que seria às 8h da manhã, fazia-se proclames, rezava-se o terço e ensinava-se a doutrina às crianças. Segundo o Padre João José Tavares, na sua obra “A vila da Lagoa e o seu concelho – Subsídios para a sua história”, este Curato teve a aprovação do Bispo Frei Valério do Nascimento, que autorizou João de Sousa Bettencourt a nomear o cura, em que a sua congrua seria de 216 alqueires de trigo e 6 mil reis em dinheiro, como os demais curas da ilha. Contudo o curato, por razões desconhecidas, só viria a ser efectivamente criado em 1902.
O segundo momento importante para a ermida, aconteceu a 7 de Dezembro de 1811, com a visita pastoral de D. José Pegado de Azevedo, bispo dos Açores, onde rezou missa para toda a população da Ribeira Chã.
A ermida foi provavelmente demolida nos finais dos anos 60 do século XIX, pois 1864 a ermida foi caiada e retelhada e em 1865 tinha 104 mil reis de juros.

Por: José Amaral

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Os Núcleos Museológicos da Ribeira Chã


Situados na freguesia da Ribeira Chã, os Núcleos Museológicos são compostos por 3 Núcleos , que pertencem ao Centro Social e Paroquial da Ribeira Chã.
Os Núcleos são os Seguintes: Arte Sacra e Etnografia, Casa Museu Maria dos Anjos Melo e Quintal Etnográfico e de Endemismo Açórico.
As visitas são sempre guiadas tendo início na Igreja Paroquial e terminam no Quintal Etnográfico.
Horário - Segunda a Sexta Feira das 9h às 12h e das 14h às 17h
Time - Monday to Friday from 9 am to 12 pm and 2 pm to 5 pm
Horario - Lunes a Viernes 9h às 12h e 14h às 17h
As visitas para grupos ou escolas devem ser marcadas com antecedência, através dos seguintes contactos:
ribeirachamuseus@sapo.pt ou telefone 296913770 e fax 296913770